segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Terminais do Porto de Santos esperam investimentos

De A Tribuna On-line


Os investimentos na infraestrutura do Porto de Santos, como a construção das avenidas perimetrais e a dragagem de aprofundamento, precisam prosseguir e até serem intensificados, independentemente de quem assumir a Presidência da República em janeiro do ano que vem. Assim pensam dirigentes de terminais de contêineres da região entrevistados por A Tribuna. O assunto será debatido nesta terça-feira, em Brasília, no Santos Export 2010 – Fórum Nacional para a Expansão do Porto de Santos.O evento é uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação e realização da Una Marketing de Eventos. E terá a participação dos candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que lideram as pesquisas de intenção de voto desde o início da corrida eleitoral.“O modelo que existe hoje é de sucesso. Desejamos que o governo seguinte continue e acelere estes investimentos”, declarou o diretor administrativo do Grupo Santos Brasil, Mauro Salgado. “Todo mundo espera que (o Governo) continue apoiando o setor portuário. É preciso que o setor ganhe musculatura”, disse o diretor comercial da Rodrimar, Ricardo Mesquita. “Foi elevada a importância estratégica dos portos. Entendemos que é imprescindível que isso se mantenha assim”, pontuou o diretor da Deicmar, Gerson Foratto.Segundo Mauro Salgado, da Santos Brasil, nos últimos anos, o segmento portuário ganhou força, especialmente com a criação da Secretaria de Portos (SEP). Isto, inclusive, foi citado por todos os entrevistados como um fator positivo da atual gestão. “Foi o evento mais importante desde a abertura dos portos às nações amigas”, disse o executivo. Para ele, não importa se a configuração será a mesma de hoje ou se haverá uma fusão de ministérios. “Achamos que é um bom desenho que está aí, mas há espaço para discussão”.Salgado pontuou ainda que o Plano Geral de Outorgas (PGO), que delimitou áreas passíveis de receberem novos portos, deve ser colocado em prática. “É uma base que tem que ser transformada em ação. É preciso fazer as licitações de novos portos e as ampliações previstas”.Quem corrobora a opinião sobre o PGO é o presidente do Grupo Localfrio, Marcelo Orpinelli. “O plano é bom, mas precisa ser colocado em prática”.SecretariaRicardo Mesquita, da Rodrimar, afirmou que o ideal é que a SEP continue existindo na estrutura do próximo governo. “Penso que, eventualmente, ela deveria até aumentar de tamanho. Poderia englobar também os portos fluviais, por exemplo”. Mais importante que isso, segundo ele, seria uma integração maior entre as diversas esferas de governo, para garantir maior velocidade nos investimentos. “Este é um nó que não desata”.O diretor da Deicmar, Gerson Foratto, pensa que é importante que o novo governo não interfira no marco regulatório do setor portuário. Só assim, segundo ele, o País continuará atraindo o capital privado para novos investimentos, como os que vêm ocorrendo nos últimos anos. “A segurança para investir está na convicção que se tem de que as regras do jogo serão mantidas”.Marcelo Orpinelli, da Localfrio, também acredita que a regulamentação do setor é importante para que haja ganho de eficiência. “Os portos precisam de investimento. A partir do momento que a estrutura de governo dificulta os investimentos, agravam-se os problemas no setor”.